O ano é 1664. A cidade, Delft, na Holanda.
Griet tinha apenas 16 anos quando foi trabalhar de criada na casa do pintor Johannes Vermeer. Nunca tinha sido uma. Não sabia se comportar como uma.
E seu interesse mal disfarçado pelos quadros de seu patrão não passou desapercebido da esposa do pintor Vermeer, Catherine.
Não passou desapercebido do patrão também.....Griet tinha apenas 16 anos quando foi trabalhar de criada na casa do pintor Johannes Vermeer. Nunca tinha sido uma. Não sabia se comportar como uma.
E seu interesse mal disfarçado pelos quadros de seu patrão não passou desapercebido da esposa do pintor Vermeer, Catherine.
A obsessão de Vermeer em procurar a perfeição em seus quadros, a luz ideal, os adereços perfeitos, iluminaram o mundo sem cor e perspectiva de Griet, e ela passou a ansiar cada vez mais pelo tempo em que passava no atelier de seu patrão.
Isso tudo é ficção, mas o romance Moça com Brinco de Pérola, da norte-americana Tracy Chevalier, foi inspirado em um pintor real, Johannes Vermeer e em seu famoso quadro com o mesmo nome. A polêmica em torno do quadro também é real. O retrato da moça com os lábios entreabertos, foi considerado escandaloso e com forte conotação sexual para a época.
A trama criada por Chevalier para explicar como Griet acabou sendo retratada pelo pintor é muito interessante e bem construída. Mas falta beleza na narrativa. Tudo é muito brusco e seco.
O livro é narrado em primeira pessoa e parece um diário, com as impressões e o dia a dia de Griet, seus afazeres domésticos e mazelas. Achei que um livro que descrevia com requinte as tonalidades e as luzes envolvidas durante o processo de criação de uma tela, deveria ser escrito com mais lirismo....
Mas a autora explora bem a relação ambígua de Griet e Vermeer....o que ela é para ele? Uma criada? Sua assistente? A modelo da vez? A mulher que ele deseja?
A história foi adaptada para o cinema, com Scarlett Johansson no papel principal. Sua paramentação para viver a personagem deixou-a extremamente parecida com a modelo original, seja ela quem for! Assisti ao filme, e também fiquei com a mesma impressão que tive do livro: gostei, mas só. Aliás, achei o final do filme sem pé-nem-cabeça. O livro termina bem melhor!
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